sábado, 13 de setembro de 2008

Comentários sobre o aluno EaD e excelência em tutoria

Olá pessoal,
Após as leituras no nosso curso EAD e comentários dos colegas gostaria de registrar alguns pontos que mais me chamaram atenção, inclusive nas colocações já feitas.
O Rocco (nosso colega) fez uma abordagem sobre a questão da ansiedade do aluno ao iniciar um curso EaD e coloca como esta ansiedade é importante e deve ser identificada / tratada pelo Tutor principalmente no início do curso; além disso, o nosso colega elenca vários motivos para a evasão.

O Benides (outro colega de curso) aborda, entre tantas outras coisas, a importância da motivação constante no processo para aprendizagem pelas tecnologias.

E, nossa colega Mônica, sintetiza, perfeitamente e didaticamente, os fatores que são de maior risco para acarretar a evasão dos alunos e também aborda a diferença de espaço e tempo em relação ao Ensino a Distancia e o presencial. Também concordo Mônica, que este tempo deve ser avaliado de acordo com as possibilidades, o desempenho e necessidades do aluno.

Bem, diante disso tudo fica claro que o EaD é dinâmico e está em constante ajuste – também em função da tecnologia.
O problema da evasão é preocupante e merece todo cuidado. Como dizem os autores da pesquisa da ABRAEAD: “Por oferecer a oportunidade de estudo no ambiente doméstico, social ou profissional, e ainda por permitir que o estudante escolha horários em que vai estudar, a EaD geralmente possui estímulos concorrenciais que depende de forma bem mais direta de algumas aptidões do aluno, como capacidade de organização e concentração”.
O Tutor pode fazer diferença nessa evasão, mas não é ele que vai solucioná-la. Ele pode minimizar a ansiedade do início do curso, pode contribuir para decupar o material didático junto com o aluno, pode contribuir com o entendimento das ferramentas tecnológicas, pode motivar, dar segurança, dar feedback...

Abraços
Maria Rita

Breve reflexão

Caminhos para aprendizagem inovadora

Maria Rita R M da Costa Braz


Revendo o clipe do filme The Wall – Pink Floyd faço uma reflexão diferente da que fiz durante a juventude (ainda bem!). Vejo como o educador pode transformar a vida de uma pessoa, como pode contribuir para ela se tornar produtiva, segura, consciente, ou, ser um empurrão para o fracasso e a revolta. Este filme sempre mexeu muito com meus sentimentos, sempre me deixou angustiada e ao mesmo tempo agradecida de ter tido boas oportunidades e mestres que fizeram o empurrão na minha vida sempre para o alto.

Paulo Freire, inclusive citado recentemente pela nossa colega Cybele, já resumiu em uma frase o que é ensinar, disse que "Ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou construção”. Este é o papel do educador. É contribuir com desenvolvimento total do aluno, ser o adubo e o esteio. E para isso não tem uma fórmula, cada aluno é um, diferente do outro, com sua história, sua cultura, personalidade e carências.

Considero que para ser produtivo precisamos compreender as limitações e fortalecer as possibilidades abraçando com empenho a escolha que fizemos e amando ser parte dessa transformação individual de cada aluno.

O Prof. Moran, em seu texto sobre os caminhos para a aprendizagem inovadora ressalta que “um dos grandes desafios do educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e torná-las parte do nosso referencial”. Considero esta sua afirmação extremamente pertinente, principalmente com esta nova forma de educar, pelo grande acesso as mais diversas informações e principalmente para direcionar a real função do Tutor com relação à questão pedagógica.

Nos textos “O computador vai substituir o professor” e “Entre mitos e desafios” a autora coloca que a tecnologia vem contribuindo para que o educador “se despeça da figura de professor-transmissor de conteúdos... e que os alunos abandonem o seu papel de receptores passivos”[1], possibilitando cada vez mais que seja co-responsável e não só responsável. As novas tecnologias estão abrindo caminho para uma maior troca e divisão de responsabilidades.
Isso pode ser fantástico se for bem analisado, com uma proposta de ensino “com equipes multidisciplinares para desenvolver processos educacionais... inaugurando novas concepções de pesquisa e propondo outras formas de olhar a realidade, o que pode gerar férteis discussões epistemológicas”[2]. Pode ajudar a acabar com as “iguanas” (vide palestra Prof. Cláudio Moura Castro) sobre o modelo arcaico das aulas habituais.

Enfim, diante de todas estas leituras, tenho clareza que o caminho é de uma estrada sem fim. O educador deve ter em mente a responsabilidade de contribuir e estimular para torná-lo agradável, produtivo, interessante, estimulante, confiante, mas também, que seja permanente para ser eficaz e eficiente. O aluno, ele deve querer.

[1] Andréa Cecília Ramal – O computador vai substituir o professor?
[2] Andréa Cecília Ramal – Entre mitos e desafios

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

Marketing Direto


Excelente artigo da Associação Brasileira de Marketing Direto: www.abemd.org.br/diretrizes/terminologias.html
Imagem: www. jacacarambola.wordpress.com



Várias terminologias para uma mesma atividade


O Marketing Direto possui diferentes terminologias, que evoluíram ao longo dos últimos anos, mas que – na realidade – relacionam-se com o mesmo assunto. Marketing Direto = Marketing de Relacionamento = Marketing One-To-One = Comunicação Dirigida.
Tradicionalmente, utiliza-se a expressão "Marketing Direto" para atividades mais ligadas às ações de vendas ou captação. E a expressão "Marketing de Relacionamento" para ações mais ligadas aos programas de relacionamento ou fidelização. Na realidade, todas estas expressões estão intrinsecamente ligadas ao Marketing Direto.
Uma agência de Marketing Direto é, em sua essência, uma agência de marketing de relacionamento, que também é uma agência de comunicação dirigida.


Marketing Direto
Por Marketing Direto entende-se a disciplina de Marketing cuja comunicação se utiliza de uma ou mais mídias para obter uma resposta ou transação mensurável junto a públicos específicos, ou simplesmente gerar uma ação de relacionamento que gere encantamento junto ao público visado.
A natureza desses serviços faz com que, na maior parte de suas atividades, haja tendência de utilização de segmentos de listas ou veiculação de anúncios com estímulo à resposta (call to action, cupons etc.) e com o máximo de retorno dos investimentos (ROI) para o cliente, evitando a dispersão de esforços.


Agência de Marketing Direto
Uma agência de Marketing Direto é uma empresa de prestação de serviços regida pelas mesmas leis aplicáveis às agências de publicidade, com o diferencial de dedicar-se, com especialidade, ao planejamento, elaboração, implementação e análise de resultados de projetos, programas e ações de Marketing Direto.


Áreas de atuação de uma Agência de Marketing Direto
Para entender-se o formato de remuneração de uma agência de Marketing Direto, é preciso compreender sua estrutura funcional. Com algumas variações, a maioria das agências de Marketing Direto compõe-se pelas seguintes áreas:

1. Planejamento: profissionais dedicados ao planejamento estratégico de campanhas e programas, também responsáveis pela condução de pesquisas de mercado diversas; 2. Mídia: profissionais dedicados à compra de espaços de mídia, como também à locação/compra de mailings lists (listas externas). Neste último caso, em algumas agências possuem o título de brockers; 3. Consultoria: muitas vezes sobreposta à área de planejamento, também podendo atuar no apoio a planejamentos estratégicos de campanhas e programas, como também frente a assuntos de logística, venda direta, distribuição, database marketing e telemarketing; 4. Atendimento: profissionais dedicados à gestão estratégica, tática e operacional de campanhas e programas; 5. Operações: profissionais dedicados à coordenação de fulfillment/manuseio, postagem/distribuição, em alguns casos, também responsáveis pelo fluxo de comunicação interna da agência; 6. Criação: profissionais dedicados à concepção criativa, ajustes, revisão e arte-final de peças e anúncios de Marketing Direto on-line e off-line; 7. Produção Gráfica: profissionais dedicados à coordenação de produção gráfica de peças e anúncios de Marketing Direto, assim como pela coordenação complementar de personalizações eventualmente necessárias; 8. Database Marketing/CRM: algumas agências possuem áreas internas para gestão e consultoria de Database Marketing/CRM.

A remuneração das agências de Marketing Direto
Diferente das agências de publicidade, que em função dos volumes de verba advindos da mídia de massa e, na maioria das vezes, possuem suas remunerações baseadas apenas em comissionamento, as agências de Marketing Direto, considerado os valores absolutos de verba que administram, remuneram-se, além do comissionamento sobre veiculação (quando existe) e do comissionamento sobre serviços de terceiros em geral, também pelo trabalho de acompanhamento (horas de dedicação) e pelo trabalho criativo (desenvolvimento de peças). Existem 6 formatos de remuneração recomendados pela ABEMD para uma agência de Marketing Direto, que serão detalhados a seguir.

Fases de atuação de uma Agência de Marketing Direto
1. Diagnóstico » 2. Planejamento » 3. Implementação » 4. Gestão
O alto grau de envolvimento existente entre uma agência de Marketing Direto com as áreas de Tecnologia (IT/DBM), Telemarketing/Call Center, além do Marketing de cada cliente, implica na necessidade de um profundo conhecimento da estrutura e do negócio de cada cliente antes do início da gestão efetiva de uma campanha ou programa. Sendo assim, em Marketing Direto, passar por uma fase de diagnóstico e planejamento é praticamente um pré-requisito para a viabilização e sucesso de qualquer campanha ou programa.
Além disso, para a realização das ações e programas recomendados, muitas vezes a agência coopera na coordenação da implementação de ferramentas necessárias, tais como: banco de dados (dbm), telemarketing, logística, dentre outras.
Cada uma dessas fases é remunerada separadamente. As fases 1, 2 e 3 (diagnóstico, planejamento e implementação) são dimensionadas em número de horas de dedicação e a fase 4 (gestão), de acordo com o formato de remuneração negociado entre as partes.

Receita X Faturamento
É muito comum confundir-se o conceito de Receita com o de Faturamento de uma agência:Faturamento são todas as entradas de recursos advindas dos investimentos de clientes, administradas pelas agências de comunicação, inclusive as que devam ser repassadas a fornecedores por conta dos clientes. Em inglês, o termo correspondente é Billings.
Receita é a parte do faturamento que corresponde à remuneração efetiva da agência, de acordo com o formato de remuneração preestabelecido. Corresponde também às receitas não operacionais, portanto não relacionadas a um cliente em especial, tais como as financeiras.


Fee
O FEE pode ser parte da remuneração típica entre agências e clientes. Geralmente trata-se de um valor fixo mensal, pré-negociado como pagamento do cliente à agência pelo fornecimento de um pacote mensal de serviços.


Job
Serviço previamente contratado entre clientes e agências, passível, portanto, de avaliação prévia. Um JOB pode ser tão simples como a criação de um texto ou toda uma campanha de comunicação envolvendo os mais diversos materiais. E deve ser remunerado considerando todas as áreas da agência envolvidas com o trabalho: atendimento, planejamento, operações e criação.


Agenciamento/Honorários: comissão sobre Serviços de Terceiros
Remuneração de 15% sobre os investimentos realizados em Serviços de Terceiros, gerenciados pela agência, que cobre: • o acompanhamento e a coordenação desses serviços diversos; • a responsabilidade pela qualidade final do material produzido.
O agenciamento deve incidir independente da realização da COMPRA por meio da agência ou através do cliente. Muitas empresas têm absorvido a atividade de compras para garantirem maior sinergia em negociações. De qualquer maneira, é importante compreender que o agenciamento é parte integrante da remuneração da agência. Se em algum caso, por alguma exigência de um cliente, não existir, deverá ser compensado de alguma forma.
Para as agências de Marketing Direto são considerados serviços de terceiros: produção gráfica, locação/compra de listas, serviços de telemarketing, serviços de database marketing e serviços de postagem/distribuição.
Vale ressaltar que a grande maioria das agências não aplica agenciamento frente aos serviços de database marketing (pois normalmente possuem uma empresa parceria, muitas vezes do mesmo Grupo), nem tão pouco frente aos Serviços dos Correios (postagem e distribuição), por não apresentarem possibilidades de negociação de preços.


Reimpressão
Novas tiragens de materiais desenvolvidos pela agência para seus clientes, realizadas por intermédio da agência ou diretamente por seus clientes. Enquanto estiver ligada a cada cliente, a agência deverá continuar recebendo 10% de agenciamento sobre as reimpressões de materiais promocionais que desenvolveu.


Time sheet
Expressão em inglês que corresponde à folha de registro das horas trabalhadas pelos profissionais dedicados à conta de um cliente. Quando acordado entre as partes, o time sheet é a base para cobrança dessas horas em função de valores estabelecidos pela hora entre agência e cliente.


Veículos de Comunicação
Todas as formas de acessar consumidores, incluindo-se outdoors, encartes, publicações, listas de possíveis clientes, espaço em estações de rádio, comerciais e programas de televisão, uso de meios eletrônicos com ligação entre dois ou mais pontos, materiais de consulta através de equipamentos especiais, desde que produzidos de maneira regular, e todos os que venham a ser criados com essas características comuns.


Veiculação
É a exibição do material de comunicação, desenvolvido por agência ou cliente, mediante pagamento de valor previamente estabelecido nos veículos planejados pela mídia.


Comissão sobre Veiculação
Remuneração devida pelos veículos às agências, correspondendo ao pagamento por sua seleção como mídia para o material a eles encaminhado pelas agências. O valor desse comissionamento é de 20% sobre o custo de veiculação.
Da mesma forma, em relação às listas locadas ou compradas, incidirá comissão de 15%.


Outras empresas e serviços existentes no setor:
O presente documento visa regulamentar as políticas comerciais das agências de Marketing Direto. Vale ressaltar que existem outras empresas do setor que possuem políticas comerciais distintas, tais como: • Empresas de Telemarketing (consultoria e/ou terceirização de operações ativas e receptivas, in-company ou em bureaus externos); • Empresas exclusivamente de Database Marketing (consultoria e/ou terceirização da gestão de banco de dados de marketing em nível estratégico, tático e operacional); • Empresas exclusivamente de Internet; • Empresas de Logística e Distribuição; • Empresas de Locação de Listas; • Dentre outras.

Venda Pessoal



Apresentação oral em uma conversação com um ou mais compradores em potencial, com o propósito de efetuar vendas.




Venda Pessoal na Óptica de Marketing
Rodrigues, Dario Félix . Edições Silabo 1999.


Descrição da editora (ou do autor é bem interessante)


A função vendas está a sofrer alterações rápidas e aqueles que não conseguirem responder às novas exigências e novos desafios ficarão para trás.


O vendedor «crocodilo», olhos pequenos, orelhas pequenas mas com uma grande boca é uma espécie em vias de extinção.

Obter mais vendas... com menos suporte, bater os concorrentes... em mercados cada vez mais competitivos, consolidar clientes... equilibrando os resultados de curto prazo com o longo prazo, assumir tarefas de marketing..., tudo isto com uma agenda de vendas carregada, são os desafios que o agente de vendas dos nossos dias tem de estar apto a responder e vencer.



Segue abaixo excelente artigo do site: www.mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=85



A estratégia e objetivos da força de vendas


Por Claudio Goldberg*



Em meio às diversas transformações que impactam as empresas, a tecnologia está criando alguns novos desafios. O livre fluxo de informações na internet bem como o estabelecimento de novas formas de se fazer negócio faz com que uma das mais tradicionais atividades de mercado como a administração de vendas assuma importância cada vez maior. O marketing tem como objetivo gerar no consumidor a propensão ao consumo analisando as ameaças e oportunidades do macroambiente e tem sua concretização efetivada através das atividades de venda que irão operacionalizar suas decisões e dar retorno obtendo informações do mercado . É através do plano de vendas que planejamos, direcionamos e controlamos as atividades de vendas de uma organização. Para organizar de forma pró-ativa seus esforços de venda a atingir suas metas de venda, os gerentes ou vice-presidente de marketing e vendas devem levar em consideração a ciência da elaboração de cenários como abaixo recomendamos:
1. Identifique as incertezas (econômicas, sociais, demográficas, políticas);2. Determine os fatores que podem ocorrer para mudar a demanda do setor (tecnologias em desenvolvimento, agressividade dos novos players, etc...);3. Determine pressuposto a cada fator causal;4. Trabalhe com pressuposições: Pessimista / otimista / realista;5. Analise como a estrutura da empresa será impactada por cada pressuposição;6. Estabeleça o curso para se beneficiar mais de cada situação; 7. Preveja os resultados de cada cenário .
Para garantir um mercado cada vez maior para seus produtos, as empresas devem organizar as forças de vendas e definir seus objetivos. Os objetivos da força de venda devem ser pautados dentro da realidade e características dos mercados-alvos em que atuam e na posição almejada dentro dos mesmos. A visão tradicional que norteia ainda as forças de vendas de grande parte das organizações é a da preocupação com o volume de vendas gerado, cabendo ao departamento de marketing a tarefa de apurar a estratégia e rentabilidade. Entretanto, uma outra visão mais atual vem ganhando espaço dentro de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo. É a visão focada na satisfação do cliente e no lucro da empresa. Hoje os fornecedores de bens e serviços estão vendo o conteúdo informativo de suas ofertas como maior fonte de valor agregado e fator determinante de margens de lucro mais elevadas. Dessa forma cabe à força de venda analisar os dados de venda, medir o tamanho do mercado, orientar os planos de marketing. Neste contexto não podemos desconsiderar o papel da venda pessoal que funciona como um elo de ligação entre a empresa e o cliente.
A venda pessoal é o elemento interpessoal do composto de promoção. Todo o sistema funciona em torno do conceito de vendas de solução, onde o valor agregado está na percepção dos clientes e na sua utilização. Os vendedores devem estudar os clientes para conhecer melhor suas necessidades, customizar a oferta fazendo constantes alterações em seu mix de merchandising, e acima de tudo empregar os argumentos adequados à efetivação da venda. É comum no ambiente de vendas encontrarmos dificuldade dos quadros de vendedores/ consultores em entenderem a diferença conceitual sobre benefícios e vantagens, sendo a primeira alguma característica que meu produto tem e está ligada à necessidade do cliente; e o segundo, àquilo que meu produto tem e o concorrente não lembrando que uma vantagem pode ser copiada rapidamente pelos nossos concorrentes (p.e. preço, prazo de entrega e pagamento, etc...). É importante considerarmos cuidadosamente a preparação e utilização das equipes de venda pessoal, pois na verdade quando estamos vendendo um produto, a imagem da empresa é imediatamente associada a seu desempenho e comportamento. Vale notar, que igualmente, a escolha da natureza da abordagem de venda, a saber – estímulo /resposta; análise de necessidades e soluções de problemas –, são fundamentais para o êxito dos planos de venda haja vista que o custo médio por visita até o fechamento de uma venda é alto e relevante nas margens e resultados esperados.
Por fim, é de se ressaltar que as empresas estabelecem diferentes objetivos de venda para suas forças de venda, algumas destinando maior tempo à base de clientes atuais, outras para novos produtos, e há ainda modelos de funções diferentes tais como assistência a clientes insatisfeitos e orientação de produtos.


*Claudio Goldberg é consultor, especialista em varejo, gestão de CRM, coordenador do MBA de Varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor em Marketing e Vendas da FGV, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estácio de Sá. Contato: claudio.goldberg@hbbrasil.com.brMundo do Marketing: Publicado em 13/3/2006

Modelo de Briefing

INFORMAÇÕES PARA O BRIEFING

1. Cliente
Ficha cadastral, Histórico da empresa, Produtos/Serviços, que oferece ao mercado, Filosofia e Política interna e externa (Missão, Metas e objetivos), organogramas...
2. Nome
Nome do produto/serviço.
3. Descrição
Em que consiste o produto/serviço? Como funciona? Qual o seu conceito?
4. Imagem do produto
Qual a imagem percebida pelos clientes atual e desejada?
5. Principais benefícios do produto/serviço
Descreva quais as principais vantagens para o cliente ao se utilizar deste produto/serviço.
6. Principais características diferenciadoras em relação à concorrência
Quais os principais diferenciais em relação aos concorrentes?
7. Dados econômicos financeiros do produto
Qual é a contribuição deste produto para o resultado da empresa? (ou) Qual a receita gerada para cada “x” reais de venda do produto?
8. Como o produto é apresentado?
Tipo, peso, conteúdo, sabores, etc.
9. Local e formas de uso/consumo
Informar a região e a forma como o produto é consumido
10. Qual é o preço para o distribuidor e para o consumidor
Informar o preço nas faixas mínima e máxima, ou informar se o preço é competitivo.
11. Qual é a composição industrial/matérias primas
Esta composição tem algum benefício para a saúde
12. Quais os principais pontos positivos e negativos do produto/serviço
13. Legislação pertinente
Para a divulgação deste produto/serviço existe legislação específica?


B) MERCADO

1. Breve histórico do produto no mercado
Quando foi lançado? Qual o seu desempenho desde o lançamento?
2. Tamanho do mercado
Qual o tamanho do mercado desse produto, em volume e valor? – Tamanho atual, potencial e histórico, se for interessante.
3. Participação do produto neste mercado
Qual a participação de mercado em volume e valor? – Atual, tendências e histórico.
4. Quais os principais mercados?
Quais são as principais áreas, regiões, estados em termos de demanda?
5. Qual a evolução deste mercado?
Qual o crescimento do mercado? Qual o mercado potencial e quais oportunidades podem ser explorados?
6. Há sazonalidade?
Quais os períodos de maior demanda no ano?
7. Quais as influências ambientais, culturais, religiosas, geográfica nas vendas do produto?

A) CONSUMIDOR
1. Defina o público alvo do produto/serviço
Quem consome/compra ( e onde compra) o produto? Por sexo, classe social, faixa etária, escolaridade, estado civil e ocupação profissional.
2. Defina hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto
Informe periodicidade de compras, quantidades compradas, preferências, etc.
3. Quais as razões de compra do produto/serviço
Por que/ Para quê um cliente compra este produto?
4. Descreva o ciclo de compra
Como é feito o ciclo de compra pelo cliente?
5. Descreva influências ambiental e cultural a que o consumidor esteja exposto.
Ex.: Lâmpadas econômicas x apagão


D) DISTRIBUIÇÃO
1. Quais os canais utilizados, quantos são, e qual a porcentagem de participação do canal?
Informe os locais onde o produto é vendido (quantos e quais)
Ex.: Indústria à distribuidor à atacadoà varejistaà consumidor
2. O que pode ser feito no sentido de que esta seja melhorada
(Novos pontos de venda, outros canais, mais espaço nos canais atuais).
3. Existem restrições legais, éticas ou políticas para que esta distribuição seja melhorada?

E) PREÇOS
1. Quais os preços do produto e sua relação com a concorrência
O preço é baixo, normal, alto, etc.
2. Existem restrições legais para se estabelecer o preço?
(CIP, SUNAB, etc.)
3. Qual a reação do consumidor em relação ao preço deste produto

F) RAZÕES DE COMPRA DO PRODUTO
1. As razões de compra são racionais ou emocionais?
Por que o consumidor compra? Quais os benefícios que o consumidor espera deste produto?

G) CONCORRÊNCIA
1. Quem são os principais concorrentes diretos.
Informar nome do produto e o fabricante
2. Quais os preços praticados pelos concorrentes
3. Qual a política de venda praticada pelos concorrentes
Informar descontos especiais, bonificações e prazos de pagamentos, que de certa forma facilitem a comercialização.
4. Pontos positivos e negativos dos produtos concorrentes?
5. Comente os produtos/ serviços, concorrentes indiretos e sua influência sobre o mercado e sobre o produto.
6. Comente sobre as principais campanhas de propaganda dos concorrentes, quanto a verbas, temas, sucesso/ insucesso, mídia, época, etc.
7. Comente a atuação da concorrência na área de merchandising e promoções (peças, temas, presença, atuação, receptividade junto ao público e junto ao comerciante).


H. PESQUISAS
1. Que tipo de pesquisas são/ foram realizadas para este produto?
(Informe os principais resultados somente se as informações ainda não foram fornecidas). > Se houver.

OBJETIVOS DE MARKETING
Defina os objetivos de marketing para este produto/serviço (pegar com o cliente)
Os objetivos de marketing podem ser:
As vendas devem aumentar em x % e/ou em x unidades
Devemos aumentar a participação atual de mercado para x %
Devemos manter nossa atual participação de mercado

OBJETIVOS DE COMUNICAÇÃO (NA VISÃO DO CLIENTE)
Defina os objetivos de comunicação para este produto/serviço
Os objetivos de comunicação podem ser:
X pessoas devem passar a conhecer nosso produto
X pessoas devem conhecer o benefício tal de nosso produto
X % do mercado deve ser levado a uma atitude favorável de compra para o nosso produto
Devemos melhorar a imagem do nosso produto

CONTEÚDO BÁSICO DA COMUNICAÇÃO
Qual o conteúdo básico que as peças devem transmitir?
Quais os pontos positivos do produto que devem ser ressaltado e quais os pontos negativos que devem ser evitados?

QUAL A VERBA DISPONÍVEL PARA A CAMPANHA
Qual a verba recomendada?
Informar separadamente a verba para materiais de ponto de venda, mídia e eventos (se houver).

PROMOÇÃO E MERCHANDISING
Quais as peças que devem ser desenvolvidas e respectivas quantidades e tamanhos?
Qual a verba destinada para estas duas atividades?

PRAZO
Quais as datas previstas de início e término da campanha?

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

HISTÓRICO DA COMUNICAÇÃO NA EMPRESA/ PRODUTO/SERVIÇO
Como tem evoluído a estratégia mercadológica do produto / serviço?
Qual tem sido o posicionamento do produto?
Como o consumidor tem recebido esse posicionamento?
Como tem evoluído a imagem do produto / serviço?
Quais as estratégias, temas e peças de Comunicação desenvolvidas e quais foram seus efeitos sobre o consumidor?
Quais as estratégias e táticas de mídia utilizadas. Em que nível se desenvolveu a pressão de comunicação?

RELAÇÕES DO CLIENTE COM:
Governo
Comunidade
Público interno

ASSINATURA DO CLIENTE NO BRIEFING

ASSINATURA DO ATENDIMENTO DA AGÊNCIA





BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PARA INICIANTES DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PUBLICIDADE E PROPAGANDA:


-Propaganda e promoção – Terence A Shimp – Editora Bookman
-Administração de Marketing – Philip Kotler – Editora Prentice Hall
-Merchandising no Ponto de Venda – Regina Blessa – Editora Atlas
-Gestão de Marketing e Comunicação – avanços e aplicações – Mitsuru Higuchi Yanaze (+ convidados) – Editora Saraiva
-Linguagem e Persuasão – Adilson Citelli – Editora Ática
-O que é Semiótica – Lúcia Santaella – Editora Brasiliense
-História das Teorias da Comunicação – Armand e Michele Mattelart – Edições Loyola
-Psicodinâmica das Cores em Comunicação – Modesto Farina Editora Edgard Blucher Ltda.
-Psicologia do Consumidor e da Propaganda – Christiane Gade Editora Pedagógica e Universitária
-Publicidade: A Linguagem da Sedução – Nelly de Carvalho – Editora Ática
-Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia – Org. Jorge Duarte – Editora Atlas
-Tudo que você queria saber sobre Propaganda e ninguém teve paciência para explicar – Editora Atlas
-Administração em Publicidade – Marcélia Lupetti – Editora Thomson
-Planejamento de Mídia – Jack Z. Sissors – Editora Nobel
-Marketing para o século XXI – Philip Kotler – Editora Futura
-O Segredo de Luísa – Fernando Dolabela – Cultura Editoras Associados
-Uma História da Propaganda Brasileira – Pyr Marcondes – Editora Ediouro
-Propaganda Teoria, Técnica e Prática – Armando Sant’Anna Editora Pioneira
-Por que os Homens fazem sexo e as Mulheres fazem amor? – Allan e Bárbara Pease – Editora Sextante
-Planejamento de Comunicação – Marcélia Lupetti – Editora Futura
-Planejamento e Atendimento A Arte do Guerreiro – Flávio Ferrari – Edições Loyola
-História da Propaganda no Brasil – Renato Castelo Branco – Editora Ibraco
-Campanhas Estratégicas de Comunicação de Marca – Don Schultz – Editora Qualitymark
-Dicionário de Comunicação – Carlos Alberto Rabaça – Editora Campus
-Mídia de A a Z – José Carlos Veronezzi – Editora Edicom
-Propaganda de A a Z – Rafael Sampaio – Editora Campus
-Posicionamento A Batalha por sua Mente – All Ryes – Editora Thomson
-A Publicidade é um Cadáver que nos Sorri – Oliviero Toscani Editora Ediouro
-Propaganda Institucional – Francisco Gracioso – Editora Atlas
-Propaganda : profissionais ensinam como se faz – Editora Atlas
-Verdades e Mentiras e Propaganda – Jon Steel – Editora Negócio
-Criação na Propaganda Impressa – João Vicente Cegato -Bertomeu – Editora Futura
-Direção de Arte em Propaganda – Newton César – Editora Futura
-Redação Publicitária Teoria e Prática – Jorge S. Martins – Editora Atlas
-Comunicação Integrada de Marketing – James R. Ogden – Editora Prentice Hall
-Comunicação, Mídia e Tecnologia – Joseph Straubhaar – Editora Thomson